Voa, voa alma solitária
Fuja das angústias que te atormentam
E se refugie no fantástico mundo das palavras
Onde o nunca será sempre impossível
E as possibilidades infinitas
E as infinidades eternas
E a eternidade incerta
Tenha a seu alcance todos os significantes
E tente desvendar seus significados
Ou mesmo mudá-los
Ou mesmo inventá-los
Ou mesmo esquecê-los
Entre vagarosamente
Tentando buscar na ociosidade do silêncio
Um motivo para sua existência
Até que seja instigado à descontração
Por um aglomerado de fonemas transcedentais
Que possam penetrar em seus ouvidos
Te decifrando os enigmas
Te mostrando o caminho
Te entregando a chave
Mas de nada adianta um punhado de plavras soltas
Se não conseguir fazer a magnifica conversão
De sentimentos para signos linguisticos
Que tanto intriga os poetas
E atiça o coração dos apaixonados
Portanto aproveite enquanto pode
Pois em breve voltará à realidade
Que te atormenta e te indigna
Que te repudia e te sufoca
Que te tortura e te condena
Que te faz sentir pequena
Adorei o poema... a primeira coisa que pensei quando li foi "isso parece coisa de estudante de Letras" hehehehe
ResponderExcluirMas é verdade... quando a gente se sente sozinho nesse mundo real, o único mundo que te aceita de braços abertos é o das palavras...
Parabéns pelo blog, mocinho.